segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Devaneios

 Este meu corpo, frágil barco

a navegar sempre em busca

de outro corpo para atracar

é apenas um reflexo de mim.

Choro e rio, rosno e mostro os dentes,

mas é só por costume

de esconder o choro convulso

a que me entrego nas solidões.

Sou pequeno, sou indefeso

qual um menino com sua bola

a sonhar campos imaginários

onde corro herói de todos.

A máscara que carrego

sob a face oculta espera

o afago de uma divina mão

a puxar-me do poço onde me encontro.


Nenhum comentário:

  A poesia é essa água que escorre pela boca e d esce pelas bordas  rompendo a barreira dos lábios. Diz e não diz f abula mundos intangív...