Este meu corpo, frágil barco
a navegar sempre em busca
de outro corpo para atracar
é apenas um reflexo de mim.
Choro e rio, rosno e mostro os dentes,
mas é só por costume
de esconder o choro convulso
a que me entrego nas solidões.
Sou pequeno, sou indefeso
qual um menino com sua bola
a sonhar campos imaginários
onde corro herói de todos.
A máscara que carrego
sob a face oculta espera
o afago de uma divina mão
a puxar-me do poço onde me encontro.
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