sábado, 6 de dezembro de 2014

O poeta é um ser encantado
nasceu com os olhos às avessas
por isso pode ver a alma
e o contorcer das vísceras.
Na alma do poeta há
a sedução do suicídio
e o sorriso da vida.
Contraditoriamente eu e os Outros
habitam o mesmo corpo.
Templo de adoração sacra e profana.
O poeta (re)inventa-se
ausenta-se de si
e ao mesmo tempo está ali:
mudo e irriquieto
a sorrir para dentro
deixando de fora o lábio
mudo e cerrado.

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