Encontrei na cama um par de pernas,
eram ligeiras e suaves.
Ora brincavam maliciosamente comigo,
fechavam e se abriam como tesouras,
ora corriam imaginariamente,
fazendo-me atleta de suas pistas.
Corri após estas pernas a noite toda,
numa ginástica de incessantes mergulhos.
Enfim, virei alpinista de montanhas geladas,
escalando dos artelhos às virilhas.
Porém, o solo cedeu,
caí do gelo para um mar de brasas,
sendo devorado pelo magma de teu vulcão
despertado após longos anos.
sábado, 1 de fevereiro de 2014
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