Encontrei na cama um par de pernas,
eram ligeiras e suaves.
Ora brincavam maliciosamente comigo,
fechavam e se abriam como tesouras,
ora corriam imaginariamente,
fazendo-me atleta de suas pistas.
Corri após estas pernas a noite toda,
numa ginástica de incessantes mergulhos.
Enfim, virei alpinista de montanhas geladas,
escalando dos artelhos às virilhas.
Porém, o solo cedeu,
caí do gelo para um mar de brasas,
sendo devorado pelo magma de teu vulcão
despertado após longos anos.
sábado, 1 de fevereiro de 2014
Assinar:
Postar comentários (Atom)
A poesia é essa água que escorre pela boca e d esce pelas bordas rompendo a barreira dos lábios. Diz e não diz f abula mundos intangív...
-
Difícil resumir em poucas linhas, quiçá em poucos parágrafos trinta e nove anos de vida. Nem de perto passou por minha cabeça essa possibil...
-
Ouvi em algum lugar que a cova ou a sepultura, se quiserem ser mais educados, é o fim de todos nós. A morte nos iguala, ricos ou pobres se v...
-
No começo era o verbo e foi uma falação sem fim, um palavrório de burburinho até que se fez o homem e a palavra nada pôde a partir daí. ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário