Páginas vazias,
vozes silenciosas, veios sensuais,
Por onde deslizam
O barco da sensualidade.
Deitada a folha desnuda
Acariciam os dedos
Inquietos armados de forte pluma
A querer gerar em sua
Superfície sem curvas
O conteúdo indizível
Do amor plausível, visível,
Invisível da palavra lua,
Nua, tua página pura
Corrompida pela tinta.
Dedos hábeis de caricias
Criam curvas com a tinta
Da pluma que escorrega
Lentamente pelos caminhos
Desconhecidos do arredondado
De teus seios de lua a iluminar
Teu ventre de pampas imensos.
A página em branco tridimensionaliza
Tuas formas apenas imaginadas,
Enquanto meus dedos hábeis de amor,
Deslizam pelas linhas retas,
Curvadas ao doce toque de minhas falanges.
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