A palavra adiada
retida na fonte.
Sempre parada nos
lábios entreabertos.
Aquele adeus não dito
a declaração de amor interrompida.
O abraço não dado
as mãos não apertadas
a eterna suspensão do ser.
O beijo não dado
o lamento do passado.
Sempre um senão;
uma interdição.
A vida como um eterno
ensaio daquilo que não foi.
sábado, 15 de fevereiro de 2014
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