Chove. Amanheceu chovendo e frio. Natural, estamos no inverno e o que estranha é o calor que tem feito todos esses dias. Fui ler para o encontro de amanhã. Terminei o livro, fiz reflexões e entrei no diário de Maura Lopes Cançado. À tarde irei ao banco, mudaram a conta de pagamento. Mais burocracias e perda de tempo. Queria a literatura, a inspiração, o texto limpo para alcançar os leitores. Nada sai, sinto-me um inútil e sigo escrevendo sobre mim. Algo mais inútil ainda. À tarde também lerei alguns artigos, os atrasados da disciplina. Pois é, sou professor e recebi textos com mais dois meses de atraso, deve ser isso, ou exagero no tempo. Ninguém mais nos respeita, se é que algum dia respeitaram. Queria a poesia, mas só chove, infelizmente apenas chove e nada acontece, mais tarde subirei as escadas e talvez as descerei, mecânico, prático, como um ser a quem o pensamento não importa. Por ora, continuo a leitura, chove e nada é mais natural do que fugirmos da rua onde podemos nos molhar. As roupas não secarão, os sapatos ficarão encharcados e um manto pesado e sereno cairá sobre meus ombros. É dia, logo mais tomarei meus remédios e tudo ficará sereno e calmo no mar das angústias.
terça-feira, 9 de agosto de 2022
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