Assim preso a teu corpo
busco minhas mãos
que ondeiam tuas curvas
desgovernando-se de desejos.
És nua e meu desejo cresce
e afronta os limites da idade.
Neste corpo renasço e cresço de novo,
fazes de mim alegria e alvoroço.
Perco-me nesta extensão,
as flores cheiram e os odores voam
pelos ares anunciando o amor
que entrança seus braços.
És nua e por isso esqueço a vida,
o amanhã se perde como vaga lembrança
e resta-me o presente de teus seios
o caminho de tuas coxas.
Tudo me leva a esta selva molhada
e submerjo ao teu toque úmido
de polvo a me abraçar.
Sou náufrago e não me fujo a ti.
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