quinta-feira, 31 de outubro de 2019

A última vez que vi Teresa....

A última vez que vi Teresa
ela chorava de olhos esbugalhados
e vermelhos como duas brasas vivas.

Conhecera ela a dor oculta das chegadas
que inauguram as inevitáveis partidas.

Ao contrário....
da vez primeira em que vi Teresa...
Ela ria aos potes e todo seu rosto
afundava-se num riso transbordante
como se seu rosto não tivesse limites.
Suas pernas ginastas flutuavam no ar
e eu pensei que Teresa fosse apenas pernas.

Assim, caminhei em direção a Teresa....
e de pernas para o ar é que Teresa
virou meu mundo.

Foi assim, como nos eram uma vez
A vez primeira em que vi Teresa...
sem expectativas, sem medos
sem receios das inevitáveis partidas.

Um comentário:

Unknown disse...

Eu nunca vi Tereza. Mas me aguçou- me a imaginação em ver seu sorriso através dos versos.

  A poesia é essa água que escorre pela boca e d esce pelas bordas  rompendo a barreira dos lábios. Diz e não diz f abula mundos intangív...