A menina tem um livro nas mãos
e dormem sobre suas pernas
abertas ao meio, duas páginas
agarradas a um caminho desconhecido.
Os olhos contemplam o infinito
que as páginas inertes não alcançam.
A leitura míope das linhas,
que fluem intercaladas entre vírgulas,
não têm a força de reter em seu leito
a imaginação que sobrevoa uma floresta
inundada de sensações.
Olho e a menina ainda lê o livro
ancorado sobre o caminho de suas pernas.
Totêmica, sem saber, ela constrói rastros
sobre um mar vibrante de tonalidade turquesa.
Nascem desse gesto, histórias das antigas rotas
que me levam ao encontro da almejada Ítaca.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
A poesia é essa água que escorre pela boca e d esce pelas bordas rompendo a barreira dos lábios. Diz e não diz f abula mundos intangív...
-
Difícil resumir em poucas linhas, quiçá em poucos parágrafos trinta e nove anos de vida. Nem de perto passou por minha cabeça essa possibil...
-
Preciso limpar os meus olhos do fel social, desaprender a olhar para enxergar de verdade praticar o gesto do desaprender e contem...
-
À pequena flor do Quênia A menina escondeu-se na sua carteira escolar. Ocultou-se nas trincheiras de seus dedos. Os livros pesavam como...
Nenhum comentário:
Postar um comentário