sexta-feira, 5 de maio de 2017

Um poema é o não-dito
de expressão insolucionável
que falta à voz o matiz ideal.
Desexpressão de doce mutismo
entre mil lágrimas ou despido
em amores impronunciáveis.
Esse é o meu poema ideal,
que não desce às esferas 
dos cacoetes nem dos vícios
da humana linguagem.
Meu poema se sente assim...
aqui dentro de meu peito, forte e gritante.
E como sou feliz por ter este poema
assim comigo, só meu.
Sou capaz de morrer por ele, 
pois não posso entregá-lo
às vãs palavras que tudo podem
do amor e do ódio igualmente amigas.

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