O amor é um tiro que se dá contra
o próprio corpo.
É carta programada de suicida,
é morte anunciada em crônicas policiais,
é morrer de véspera como as aves de Natal
esperando o adeus que não tardará.
A despeito de todas as previsões
cartas, oráculos e horóscopos
atiramo-nos felizes a esse abismo
como o trapezista de um circo de emoções.
Sabemos que o Amor não tem volta
é viagem de exilado, feita contra vontade,
é viver a eterna saudade de um ser
e na dor de que nos falta uma parte no peito;
é entregar a outro o que nos é mais valioso:
as batidas do coração, que descontrolado,
grita escandalizado contra o corpo que lhe carrega.
domingo, 26 de fevereiro de 2017
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