Estes são os últimos versos
que te sofro em insanidades
de um passado presente
ainda reverberante no peito.
Abandono-te às palavras
como te abandonei à porta
no dia da derradeira partida.
Faço deste poema uma confissão
um adeus inusitado e sem acenos.
Não posso te sofrer mais
do que o espaço desta página em branco.
Evito, assim, ofender com minhas lágrimas
ao olhos do leitor honesto a quem confesso
a inconfessável dor do Amor.