Teu sexo se abriu
como um bater de asas
dos pássaros em alvorada.
Voou livre, solto
sobre aquele outro sexo,
duro, enrijecido de prazer.
E aquele pássaro rubro
deitou suas águas apocalípticas
sobre o falo batizado nas águas
da perdição eterna do gozo proibido,
do coito não interrompido
a zombar das sacras religiões.
Teu sangue, meu corpo
que seja em memória de nós
para os tempos vindouros
que anunciam aos prantos
outras chamas e outros amores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário