Tenho olhado muito
pouco para fora de mim
nada vejo além do
horizonte de minha íris,
invertida nos
labirintos de um corpo às avessas.
Não posso suportar o
pavor de me revelar
no quarto escuro das
fotos familiares.
Nada fiz para merecer
o retrato
para ficar exposto às
comparações
genéticas inevitáveis
da febres familiares.
Aquele olhar de
loucura também habitou
outros corpos que
saltavam das pupilas
para o manicômio das
lentes fotográficas.
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