terça-feira, 11 de agosto de 2015

Abandonei este jardim de esperanças ativas
na expressão de um olhar ausente
fora de mim, deslocado da realidade,
certo de que o mundo se retirava
para um plano desconhecido e insólito.
Não pude resistir a um último olhar
deixar aquele vago adeus no ar
na promessa de uma volta nunca pensada.
As despedidas sempre prometem a volta,
mas deixam apenas a certeza da dor ausente,
esse olhar estampado na janela a acenar ao nada
como os quadros dos mortos na parede da sala,
sempre fixos numa eternidade incompreensível. 

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