Abandonei este jardim
de esperanças ativas
na expressão de um
olhar ausente
fora de mim,
deslocado da realidade,
certo de que o mundo
se retirava
para um plano
desconhecido e insólito.
Não pude resistir a
um último olhar
deixar aquele vago adeus
no ar
na promessa de uma
volta nunca pensada.
As despedidas sempre
prometem a volta,
mas deixam apenas a
certeza da dor ausente,
esse olhar estampado
na janela a acenar ao nada
como os quadros dos
mortos na parede da sala,
sempre fixos numa
eternidade incompreensível.
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