Há flores tatuadas em teu corpo
esse jardim das delícias
regado por minhas palavras
que se derramam chovendo
e lavando teus poros sedentos
da água sedutora dos meus lábios.
Há palavras antigas, dionisíacas
que desejam a tragédia
do encontro de nossos corpos.
Este fim inevitável, este gozo retardado
em que adia o inevitável adeus
traçado pelos oráculos que profetizam
sobre meu primeiro choro a solidão
do meu corpo envenenolhecido.
Por isso conheço ao encontro de nosso corpos
o divórcio intransigente do corpo que desposei.
E choro a terra fria, cobertor final,
daquele que parte só na solidão
do ventre que não aceita a desculpa do tolos
apaixonados que creram, contra a fatalidade,
na existência das almas gêmeas.
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