Lua negra agitada na cama.
Sua pele brilha à noite,
desfazendo-se em gotas de suor.
Encarcerada em seu quarto
chora o amor impossível,
gesto único de sensualidade reprimida.
Trajando um véu branco
dança seu rancor solitário.
Pranto de um amor perdido;
abrolhos negros brotam de seus olhos,
o peito agita-se ofegante
à mínima luz da lembrança.
Ópera ensandecida, gutural
dos desejos vedados ecoa
pela janela tingindo a noite de negro.
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