segunda-feira, 30 de junho de 2014

Lua negra agitada na cama.
Sua pele brilha à noite,
desfazendo-se em gotas de suor.
Encarcerada em seu quarto
chora o amor impossível,
gesto único de sensualidade reprimida.
Trajando um véu branco
dança seu rancor solitário.
Pranto de um amor perdido;
abrolhos negros brotam de seus olhos,
o peito agita-se ofegante
à mínima luz da lembrança.
Ópera ensandecida, gutural
dos desejos vedados ecoa
pela janela tingindo a noite de negro.

Nenhum comentário:

  A poesia é essa água que escorre pela boca e d esce pelas bordas  rompendo a barreira dos lábios. Diz e não diz f abula mundos intangív...