Este fim de semana, nas salas de cinema de Maringá e de outras cidades do país, ocorre uma mostra de filmes franceses(Varilux). Na sexta-feira assistimos a "Une estonniene à Paris", narrativa singela, drama sensível de uma senhora estoniana em passeio pela cidade de Paris. Vai a Paris para cuidar de um senhora também estoniana, de temperamento difícil, que vive só num apartamento, aguardando as raras visitas de seu ex-amante. Ao fim, pode-se dizer que o filme é uma lição de como se amar de verdade, de como abrir mão de alguns sentimentos para perpetuar outros mais nobres e singelos.
Ontem, sessão dupla. Primeiro, "Les adieux à la reine", particularmente para mim, filme com um enredo frouxo e atuações medianas de todas as partes. A tentativa de se ressaltar os olhares das personagens como forma de expressão fracassa. O enredo tem como pano de fundo a queda da Bastilha e a pressão sobre a família real para que renuncie o poder, tudo sob a ameaça de cortes de cabeças. Em meio a esta balbúrdia, chama-nos a atenção os amores homossexuais da rainha por uma dama francesa. No entanto, há mais um amor nesta história, a de sua leitora, que devota um amor tão profundo a ponto de colocar sua vida em risco por amor à rainha.
Logo após esta sessão, uma boa surpresa: "Populaire", a história de uma jovem da Baixa Normandia que sonha ser secretária e acaba se tornando umas das meninas mais famosas da França. Detalhe, sua fama vem do fato de ser muito rápida em datilografar e vencer o concurso nacional de datilografia. Em meio a estes desafios, ela encontra o amor de sua vida: o senhor Èchard que a treina para o concurso e acabar por ceder aos encantos da jovem datilógrafa.
Hoje tem mais cinema, no entanto, desanima o fato de a sala de projeção do Maringá Park achar que os assistentes são surdos, o som é estridente e quase insuportável quando há música ou aplausos. Chega a ser irritante. Quem sabe daqui uns anos eles usem intérpretes de libras nos filmes, afinal terão ensurdecido a todos seus clientes. Enfim, isso demonstra que ainda estamos no interior do país, como se a televisão fosse novidade e o vizinho mais rico deixasse sua TV no volume máximo só para causar inveja no amigo ao lado.
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