Salto a janela
sou trapezista do tempo,
acrobata da morte.
Busco no passado
não só meu
mas no alheio
vãs satisfações.
Incapaz de viver com os fatos
sou o artista da dor.
Domador de ilusões
e fustigo com a vara
a ferida que nunca sara.
Diante do aplauso do público
rio a minha dor,
no meu último instante
do palco da vida
cai morto
num lugar do passado
onde cozinho minha dor.
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