A casa de meu avô era grande
tão cheia de cantos
com seu telhado à vista,
suas janelas de madeira,
que pensei um dia habitar nela.
Hoje quando vejo a casa de meu avô
acho-a pequena, mesquinha,
tem alguns cômodos caiados à cor
um telhado cheio de picomãs
e janelas caindo aos pedaços,
jamais habitaria nela.
Mas, ah... a casa de meu avô
aquela de minha infância
caiada de amarelo e azul
nunca morrerá na minha memória.
E algumas vezes a visitarei
com os olhos emprestados ao passado
ainda morejados de saudade.
segunda-feira, 22 de junho de 2020
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Um comentário:
Ótimo poema, adorei ! Faz com que recordemos algumas coisas do passado, inclusive da casa de nossos avós, senti como se estivesse no poema.
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