Mudo, calado
aprisionei atônito
o pássaro
que em mim habitava.
Com a dor da alegria
matei a fome de vida
do pássaro.
Não alimentei suas esperanças
que entre as grades cantava
pela manhã.
Para quem não sonha
o canto do pássaro
fere a alma.
Guardei-o entre as costelas
e na escuridão total
o pássaro ouvia intermitente
um coração que lentamente batia.
terça-feira, 7 de abril de 2020
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Um comentário:
Gostei. Ficou ótimo, parabéns!
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