terça-feira, 24 de março de 2020

Um ar de nada

As maçãs dormiam quietas sobre as peras....
como não me lembrar desses sabores
desse ar de gente pela casa
dos abraços apertados, dos beijos quentes.

Estou só, estamos sós...
só não sabíamos que a memória
era capaz de girar a chave
e encher a casa de fantasmas.

Olho para as maçãs sobre as peras,
elas continuam quietas silentes
e meu abalo é apenas uma energia
a pairar entre os copos na cozinha.

Um comentário:

Unknown disse...

Eu acredito que estamos sempre só. Mas também ao mesmo tempo rodeados de olhos atentos em nossos movimentos.

  A poesia é essa água que escorre pela boca e d esce pelas bordas  rompendo a barreira dos lábios. Diz e não diz f abula mundos intangív...