sábado, 30 de junho de 2018

Chegada

Eu que aqui cheguei
não tenho nada a ver com isso.

Tomo meu porre de palavras
sinto a embriaguez dos sentidos.

Quando crescer, assim, faço juramento,
vou deixar a poesia, o bar e o vício.

Vou ler coisas sérias
defender grandes teses.

Serei amigo de juízes e deputados
gente de respeito e da sociedade.

Mas, quando crescer, somente quando crescer.

Por ora, deixem-me com as palavras
e seu torpor que sobe aos poucos

à cabeça e embriaga o coração,
esse ser bobo que só sabe bater

e fica sentimental
a qualquer sinal de carícia
ou aceno de amor.

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