A pior sensação que podemos ter é a de não ter vivido algo. O lamento é a expressão mais forte do arrependimento das coisas não vividas. Porém, esta é a pior das armadilhas, pois nos leva a ficar presos ao passado continuamente, logo vivemos no espaço e no tempo do inexistente.
Algumas memórias são despertadas pelo nada: um filme, um quadro, uma conversa. Despertamos para aquilo que não podemos viver, que já passou e não poderemos sequer tocar. O passado vira uma obsessão difícil de se livrar, ainda mais um passado que não nos pertence, que não pudemos viver, ficou apenas no horizonte das expectativas do não realizado.
A única conclusão a que chego nesse caso é que devo tentar olhar o futuro, para ele e mais nada. Mas olhar para o que não existe é tão difícil, é como olhar para o passado que não vivi e jamais poderei viver, pois o tempo passou e jamais voltará. No entanto, o futuro tampouco me garante uma vida diferente ou mais feliz, está por construir e nem todos os tijolos que eu use para o alicerce de uma vida nova garante-me a casa de acordo com os meu sonhos.
Assim, vivo esse labirinto, esse enigma entre o que não foi e aquilo que não sei se será. Decifra-me ou devoro-te, o velho e antigo problema machadiano. Mas como ele mesmo dizia, melhor cair das nuvens que do terceiro andar.
Ps: por ser um fluxo mental não corrigirei o texto, vai com os erros que tem.
domingo, 14 de abril de 2013
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