Não era você sobre a cama
era uma fenda aberta
aos meus fantasmas e sonhos
que abria uma brecha no peito.
Dele saltavam anjos e demônios
pequenos anões verdes e barbudos
a girar em torno de minhas pernas.
Nessa ciranda mortal
estendi ao teu seio uma taça
e me amamentei de tua seiva impura
e branca que escorria pelos meus lábios.
Era uma homem a devorar baratas
e o branco da goma inerte
era leite, sêmen, visgo
adubando o jardim de girassóis
que brotava de meu peito.
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