Meus muros estão cheios
de cacos de vidro
de cercas elétricas
de fios de arame farpado
de grampos pontiagudos.
Não ouso tocá-los
tampouco ultrapassá-los.
Saltar os muros não é uma opção
é uma fuga covarde.
Os muros são minhas fronteiras
mas também estão presos a mim
condenados a vigiar-me eternamente
plantados em torno da vida
que não terão jamais.
quinta-feira, 16 de janeiro de 2020
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