domingo, 8 de dezembro de 2019

Do prazer e da alma

Por que sempre a alma?
O que fazer dela na cama,
se o corpo pede e o prazer emana
de lascívias indizíveis, de atos cúmplices
de mãos atadas à procura do Outro?
Não do Outro idealizado
mas do outro corpo que se estende
e se agita à nossa frente.
Deixem a alma fora desse prazer,
conjuguem os lábios e todas as bocas,
as fendas e todos os encaixes
porque a Alma, a alma espera tudo
e o corpo não pede nada
a não ser a doçura do prazer.

Nenhum comentário:

  A poesia é essa água que escorre pela boca e d esce pelas bordas  rompendo a barreira dos lábios. Diz e não diz f abula mundos intangív...