domingo, 30 de junho de 2019

Linha tem(cor)poral

Sei-te em outra linha tem(cor)poral
e alheio aos fatos
sonho-te.

As linhas unem-se
e rompem as distâncias

do corpo ausente que fala,
dos lábios que se fendem
e se juntam a outras linhas tem(cor)porais
que não são a minha.

Mas, sei-te aí presente,
toda corpo luminescente.

E eu ausente
ocupo outro espaço na linha
incorpórea da memória.

Por isso, não existo,
sou linha-tempo de um ricto
perdido no espaço,

solto nas horas agudas,
presa da imponderável dor do silêncio.






Nenhum comentário:

  A poesia é essa água que escorre pela boca e d esce pelas bordas  rompendo a barreira dos lábios. Diz e não diz f abula mundos intangív...