O ferro nas almas
o ferro nos corpos
mudos, calados;
a dívida cobrada
os pecados pagos.
Um mar de insanidades
deixa hoje os olhos
injetados de ferro.
As mãos de ambição e lucro
fizeram teu mar de lama e ferro,
futuro da nação, crescimento de Minas.
No brejo das almas,
e nas bolsas de valores
há condenação de ferro,
alumínio e cromo
que corroem as almas,
que correm os corpos.
Abandonadas a um mar
de esperança,
as memórias estão conservadas
sob a lama de ferro.
Há ferro nos corações feridos,
há gritos sufocados pelo metal,
que calçam as calçadas
de um Drummond triste e de ferro.
São lembranças de Itabira,
que entre as brumas da tarde
viu o futuro de ferro
nas almas e nas calçadas.
domingo, 27 de janeiro de 2019
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