O que é perder tempo?
Perco-o todas as horas
e ora tenho tempo, ora me falta tempo.
O tempo está acabando,
o jogo está começando
e o tempo é o amigo e é o inimigo
de todas as horas.
É muito tempo para quem nasce,
é pouco tempo para quem morre.
O tempo estica as pontas da corda.
Ora tenho tempo de sobra
ora preciso de tempo
tempo para viver, para descansar
tempo para pensar, tempo para chegar.
O tempo na sala de espera
é muito para quem chega
e é pouco para quem parte,
mas é o Tempo, sempre o Tempo,
que marca a nossa chegada,
nos persegue e ao final nos mata.
Quantas horas cabem no tempo
de uma vida?
Tempo de partir, tempo de chegar
tempo de começar, tempo de terminar,
O tempo que finda, abre novos tempos
e é nesse tempo que desejamos viver.
Ninguém se contenta com o tempo
da semente no campo,
todos querem o tempo das flores,
mas para quem dorme,
o tempo só existe ao abrir dos olhos
e o tempo da ignorância não existe,
só existe o tempo em que todas
as horas queremos mais tempo;
tempo para viver o perfume da flor
que a semente não deixou entrever.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2019
domingo, 27 de janeiro de 2019
Profecia de um itabirano
O ferro nas almas
o ferro nos corpos
mudos, calados;
a dívida cobrada
os pecados pagos.
Um mar de insanidades
deixa hoje os olhos
injetados de ferro.
As mãos de ambição e lucro
fizeram teu mar de lama e ferro,
futuro da nação, crescimento de Minas.
No brejo das almas,
e nas bolsas de valores
há condenação de ferro,
alumínio e cromo
que corroem as almas,
que correm os corpos.
Abandonadas a um mar
de esperança,
as memórias estão conservadas
sob a lama de ferro.
Há ferro nos corações feridos,
há gritos sufocados pelo metal,
que calçam as calçadas
de um Drummond triste e de ferro.
São lembranças de Itabira,
que entre as brumas da tarde
viu o futuro de ferro
nas almas e nas calçadas.
o ferro nos corpos
mudos, calados;
a dívida cobrada
os pecados pagos.
Um mar de insanidades
deixa hoje os olhos
injetados de ferro.
As mãos de ambição e lucro
fizeram teu mar de lama e ferro,
futuro da nação, crescimento de Minas.
No brejo das almas,
e nas bolsas de valores
há condenação de ferro,
alumínio e cromo
que corroem as almas,
que correm os corpos.
Abandonadas a um mar
de esperança,
as memórias estão conservadas
sob a lama de ferro.
Há ferro nos corações feridos,
há gritos sufocados pelo metal,
que calçam as calçadas
de um Drummond triste e de ferro.
São lembranças de Itabira,
que entre as brumas da tarde
viu o futuro de ferro
nas almas e nas calçadas.
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