Mãe é assim, igual pirilampo,
ilumina as madrugadas,
te vigia mesmo ao longe,
é farol de porto,
sente sem ver, na pura imaginação,
e se angustia sem saber o porquê.
Mãe é ser divino,
olhamos as estrelas
e acreditamos em sua eternidade.
Vivemos sem olhá-las [as mães]
porque temos a certeza de que sua
visão, embora curta pelo tempo
ainda nos vê, só de fantasiar.
Mãe é assim, não devia ter fim,
é doce que às vezes azeda,
mas compensa em desvelos e cuidados.
Mãe é assim, atenta aos agitos
de nossas inquietações.
Mãe não deveria caber
em definição de dicionários,
foge à filosofia do saber humano.
Mãe é assim, infinita; mas tem fim.
Pena que fechei os olhos a essa
realidade tão certa, tão definitiva;
se soubesse que perderia,
como deveria saber de tantas outras coisas,
pediria que ela ficasse [mesmo que por um instante]
um pouquinho mais perto de mim.
sábado, 12 de novembro de 2016
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