Não sei dançar,
Também não sei
cantar.
Não fumo, não sei
tragar.
Meus passos são
ligeiros
e inquietas minhas
mãos.
Então danço, rodopio,
arrocho um maxixe de
palavras
e meu poema dança,
gira
por um salão branco
e tira para dançar
o solitário leitor.
Meu poema declama
ao pé do ouvido
uma balada antiga
e sem ter o que fazer
o leitor dança esse
maxixe
encarnado de desejos
em núpcias com o
poema.
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